Regimes demográficos do Brasil na segunda metade do Século XIX: Análise histórico-comparativa das populações livre e escrava de Olinda (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Campinas (SP) e Franca (SP)

Período:

2019 - Atual

Descrição:

Projeto de pesquisa em Demografia Histórica que tem por objetivo construir e analisar evidências empíricas sobre os regimes demográficos da população brasileira no século XIX. Para tanto, propõe uma análise comparativa dos principais componentes demográficos das populações de quatro localidades distintas, sendo duas em Pernambuco e duas em São Paulo, durante a segunda metade do século XIX. As principais fontes de dados utilizadas serão os registros paroquiais de batismos, casamentos e óbitos além dos inventários post mortem dos proprietários de terras e escravos das localidades selecionadas que serão complementadas com informações provenientes das matrículas de escravos, listas de população e dos censos populacionais e econômicos. O foco da análise é a evolução dos componentes demográficos das populações escrava e livre nos diferentes contextos socioeconômicos das localidades selecionadas ao longo do período histórico que se inicia com a interrupção do tráfico transatlântico de escravos em 1850 e se encerra com a abolição da escravidão em 1888. A partir disso, serão analisadas as implicações dos diferentes regimes demográficos para a viabilidade econômica e política da escravidão. A hipótese analítica é que diferenças dos regimes demográficos das regiões do Nordeste e Centro-Sul desempenharam papel decisivo nos incentivos econômicos e compromissos políticos das classes agrárias com a escravidão, dessa forma influenciando de forma decisiva o encaminhamento do processo de abolição no Brasil que ocorreu de forma gradual e por via parlamentar.

Coordenador(a):

Paulo Eduardo Teixeira

Maisa Faleiros da Cunha

Financiador:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq