Práticas contraceptivas na cidade de São Paulo: prevalência, necessidades não atendidas e atuação do SUS (Ouvindo mulheres: contracepção no município de São Paulo)

Período:

2014 - 2016

Descrição:

Várias iniciativas para facilitar o acesso das mulheres a métodos contraceptivos foram implementadas no Brasil nas últimas duas décadas. Anticoncepcionais hormonais podem ser adquiridos por 10% do preço habitual por meio do Programa Farmácia Popular do Brasil e Resolução da ANS tornou obrigatória a cobertura de procedimentos para inserção de DIU, realização de laqueadura e vasectomia. O Ministério da Saúde tem mantido o envio desses insumos aos municípios e em São Paulo, esse envio tem sido reforçado por aquisições feitas pela Secretaria de Estado da Saúde. Por outro lado, não se sabe, em que medida o acesso aos contraceptivos vem se efetivando, se permanecem desigualdades de acesso e que obstáculos anda existem para reduzi-las. O último estudo nacional, com representatividade apenas para macrorregiões do país foi realizado em 2006 e a única pesquisa realizada no município de São Paulo para conhecer a prevalência da prática contraceptiva e dos métodos em uso ocorreu há 50 anos. O presente estudo pretendeu preencher esta lacuna, tendo por objetivos específicos:

  1. Identificar a prevalência da prática contraceptiva e dos diferentes métodos anticoncepcionais entre mulheres com idade entre 15 e 44 anos, residentes no Município de São Paulo (MSP) e as possíveis diferenças entre as cinco regiões de saúde do município.
  2. Identificar os diferenciais geracionais, sociais, econômicos e de acesso a serviços que afetam a prática contraceptiva.
  3. Avaliar a cobertura do Sistema Único de Saúde no atendimento em anticoncepção no município e identificar as dificuldades percebidas pelas mulheres para obter contraceptivos em cada região da cidade.
  4. Identificar entraves para a obtenção de anticoncepção no Sistema de Saúde Suplementar.
  5. Estimar a demanda não atendida em anticoncepção no município.

Um inquérito de base populacional foi conduzido no município de São Paulo. A população do estudo foi representada por 4 mil mulheres com idade entre 15 e 44 anos. Em cada região, uma amostra probabilística de domicílios foi obtida em dois estágios: 1º) sorteio de setores censitários em situação urbana e 2º) sorteio de domicílios particulares permanentes. Os dados foram coletados por meio de entrevistas domiciliares registradas em um aplicativo para tablets. As informações obtidas foram gravadas em uma base de dados gerada automaticamente pelo software e armazenadas em uma “nuvem”. O processamento e a análise de dados levaram em conta o delineamento da amostra.

 

Produção relacionada ao projeto:

Diferenciais da prática contraceptiva no Município de São Paulo, Brasil: resultados do inquérito populacional Ouvindo Mulheres

The emergency contraceptive pill in Brazil: High usage rates but schooling differences persist.

Uso de contracepção de emergência: uma comparação entre adolescentes e mulheres jovens.

 

 

Parceria institucional:

Instituto de Saúde de São Paulo

Coordenador(a):

Tania G Lago
  • Regina Maria Barbosa
  • Suzana Kalckmann
  • Maria Cecília Goi Porto Alves
  • Maria Mercedes Loureiro Escuder
  • Julia Olosen

Financiador:

Fapesp e OPAS