História Demográfica e Econômica de Campinas no Século XIX

Período:

2022 - atual

Descrição:

O objetivo do projeto é o estudo das transformações pelas quais passou Campinas ao longo do século XIX. Em 1872, o primeiro recenseamento geral do Império revelou a importância de Campinas – o município concentrava a maior população escrava e era o principal produtor de café da Província de São Paulo. Esses dois elementos nos apontam a relevância de se empreender um estudo sobre Campinas no correr do século XIX de uma perspectiva abrangente, que permita acompanhar a ocupação do espaço territorial por diferentes atividades produtivas, da economia de abastecimento voltada para o mercado interno à economia cafeeira para a exportação; o movimento da população livre e escravizada; as mudanças socioculturais no campo e na cidade e a formação de uma elite de grandes proprietárias de terras e escravos. O projeto ora apresentado consolida um caminho percorrido e propõe a continuidade do trabalho por meio do aprofundamento do estudo da História demográfica e econômica de Campinas no século XIX. Dessa forma, pretende contribuir para a realização de uma incursão teórica, empírica e historiográfica em diversos temas que permeiam da história de Campinas: crescimento e estrutura da população; características das famílias escravas; presença e crescimento da população imigrante europeia; experiências de mobilidade social e espacial; movimentos culturais na cidade; estratégias frente ao declínio da escravidão; estratégias de diversificação de negócios; crescimento e estrutura das atividades urbanas, comércio, serviços, ferrovias, indústria; transformações das formas de riqueza; etc.Dois eixos são os norteadores do projeto. O primeiro, o reconhecimento da importância do estudo da população para entender as transformações na vida material. Nesse sentido, reforçamos a ideia de que a história da população condiciona e é condicionada pelas estruturas e condições sociais, econômicas e culturais, segundo o fazer e o agir, das gerações de homens e mulheres. Isso reafirma a concepção do fazer a história, segundo a qual são os homens que fazem a história (e não as estruturas), se bem que a façam dentro de condições determinadas. O segundo eixo assenta-se no privilegiamento das fontes documentais primárias para a execução do projeto, tais como: recenseamentos populacionais, maços de população, listas nominativas, registros de terras, inventários post mortem, registros cartoriais de hipotecas e de imóveis etc. A pesquisa será realizada, por excelência, tendo por base o acervo documental pertencente ao Centro de Memória – Unicamp e ao Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP).

Coordenador(a):

Maisa Faleiros da Cunha
  • Ana Silvia Volpi Scott
  • Paulo Eduardo Teixeira
  • Dora Isabel Paiva da Costa

Financiador:

CNPq