DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E ÉTNICO-RACIAIS COMO DETERMINANTES SOCIAIS PARA AS CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Período:

2013 - 2016

Descrição:

O Brasil está entre aqueles com graus mais elevados de desigualdade social no mundo. A situação socioeconômica desempenha um papel fundamental na determinação da saúde dos indivíduos. A questão racial é um fator altamente condicionante para os estados de saúde. As políticas na área de saúde têm sido frequentemente planejadas com base em informações sobre mortalidade. Na realidade, os dados usuais de mortalidade são insuficientes para mensurar as necessidades e as iniquidades; afinal, é preciso saber não apenas o total de anos vividos, mas também o estado de saúde da população a cada idade. Dessa forma, as medidas de expectativa de vida saudável são importantes para guiar políticas públicas. Além disso, podem prover informações sobre a demanda por serviços de saúde, permitindo que as autoridades estimem a necessidade por cuidados no presente e futuro para a população atual. Objetivos: mensurar, para o Brasil e Grandes Regiões, por sexo, idade, educação, renda e raça/cor da pele, a expectativa de vida livre de e com doenças crônicas nos anos de 1998, 2003 e 2008. Métodos e forma de análise: o estudo será desenvolvido com base em dados provenientes da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio dos anos de 1998, 2003 e 2008, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Sistema de Informação de Mortalidade. As estimativas da expectativa de vida livre de doenças crônicas e expectativa de vida com 12 doenças crônicas auto-referida (artrite/reumatismo, câncer, hipertensão, diabetes, bronquite/asma, doença do coração, insuficiência renal crônica, depressão, problema na coluna, tendinite/tenossinovite, tuberculose e cirrose) para o Brasil e Grandes Regiões por sexo, grupo de idade, educação, renda e raça/cor da pele nos anos de 1998, 2003 e 2008 serão geradas com base na construção de uma tabela de sobrevivência, com base no Método de Sullivan. Considerações finais: a redução das desigualdades socioeconômicas e étnico-racial no estado de saúde da população é um grande desafio. Aprofundar as discussões sobre as iniquidades em saúde entre as regiões brasileiras e grupos populacionais ao longo do tempo pode contribuir para o alcance de uma satisfatória condição de vida e saúde da população. Palavras-chave: Desigualdade em saúde, expectativa de vida saudável, doenças crônicas, políticas públicas.

Coordenador(a):

Luciana Correia Alves

Financiador:

CNPq