Suicídios: a urgência do sintoma social
A pandemia do COVID-19 trouxe imediata preocupação com um aumento possível nas taxas de suicídio no mundo e, evidentemente, no Brasil também. Neste mês do Setembro Amarelo trazemos a público a reflexão de aspectos que, como grupo interessado no debate sobre Suicídio, nos parece central apresentar: de que maneira isolamento social, ansiedade, estresse crônico e dificuldades econômicas aumentariam a vulnerabilidade dos sujeitos, podendo induzir a atos suicidas? Como se comportaram homens e mulheres nestes cenários? Um trabalho de investigação vem sendo realizado com equipe de pesquisadores constituída com o apoio do CNPq como um Núcleo Emergente de Pesquisa. Congregou pesquisadores de varias áreas, como Psicologia Social, Sociologia, Saúde Publica, Saúde Coletiva, Gênero e Masculinidades, Demografia, articulando pesquisadores do NEPO/ UNICAMP, Programa de Pos Graduação em Psicologia da UFPE, Faculdade de Saúde Pública da USP, em articulação com profissionais da rede púbica de saúde.
A equipe de pesquisa considerou importante trazer a público um debate com questões que já despontam como relevantes para contribuir com o Setembro Amarelo, através de novos olhares, e incrementar o debate público no campo do Suicídio, partindo dos dados epidemiológicos nacionais, acrescidos de presença de especialista que aborda a relevância do uso do álcool e das drogas como fato relevante na constituição das subjetividades masculinas e sujeitas ao suicídio, e especialista que discute o tema das discriminações raciais como fator de particular efeito sobre a vida emocional, especialmente dos jovens .