FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR DESDE O NOVO ENSINO MÉDIO: SUBJETIVIDADES EM CONSTRUÇÃO

Período:

2023 - Atual

Descrição:

Esta pesquisa se propõe a analisar o processo de implementação dos itinerários formativos na rede estadual de São Paulo. Os itinerários se inserem em uma proposta de reforma curricular, inicialmente instituída pela Reforma do Ensino Médio (Lei 13.415/2017) e da nova Base Nacional Comum Curricular (2018), e que chega em São Paulo, o primeiro ente federativo a construir um currículo alinhado às reformas nacionais, em 2021. Como primeiro estado a formalizar os itinerários, a rede estadual de São Paulo também se torna fonte primária e privilegiada para entender os impactos concretos de uma flexibilização curricular que promete solucionar a distância entre o que é aprendido na escola e os interesses individuais dos jovens. Nesse contexto, pergunta-se: quais papéis operam os itinerários formativos na constituição das subjetividades adaptadas à sociabilidade neoliberal a partir da forma como têm sido implementados? Tem-se como hipótese que o modo de gestão da implementação aponta para o interesse do empresariado na conformação de um sujeito que naturaliza desigualdades sociais e desresponsabiliza o Estado pelo bem-estar dos cidadãos. Por meio de análise dos documentos oficiais e de trabalho de campo em duas escolas estaduais de regiões diferentes da cidade de Campinas-SP, incluindo entrevistas com o corpo diretivo, professores e estudantes, busca-se contribuir para a compreensão dos efeitos concretos da implementação dos itinerários na educação pública para o cotidiano em sala de aula, assim como investigar as características do sujeito que a flexibilização curricular visa formar, considerando não só as normativas oficiais, mas também os movimentos de interpretação e reinterpretação da política operadas pelas comunidades escolares.

Coordenador(a):

Amanda Hebling do Amaral

Orientação de Márcia Lopes Reis (UNESP)

Financiador:

NT