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Segregação Residencial e Polí­ticas Públicas_ São Paulo na década de 90 in Revista Brasileira de ciências Sociais , 2004
  TORRES, Haroldo

O texto de Haroldo Torres se preocupa em medir em termos empíricos a segregação residencial em São Paulo na década de 90 e discutir a sua importância do ponto de vista das políticas sociais.

Para tanto o autor levanta elementos que evidenciam como a segregação residencial pode contribuir para o aumento e/ou perpetuação da pobreza, define o que Ã© segregação residencial e parte para uma avaliação dessa segregação em São Paulo. Pela análise empreendida, observa-se um aumento da segregação residencial tendo como parâmetro a renda e uma redução se considerada a escolaridade.

Com os dados em mãos, testa hipóteses sobre a evolução da segregação observada e conclui que a ação estatal tem diminuí­do as desigualdades em termos de acesso Ã  serviços públicos, mas não tem produzido uma maior "mistura social" entre os grupos sociais existentes em São Paulo. Ressalta ainda que a polí­tica habitacional Ã© uma das formas de combater a segregação residencial, mas que tem tido pouca prioridade.



Cidades Globais e Segmentação Social. In: Globalização, fragmentação e Reforma Urbana: O futuro das Cidades Brasileira na Crise.
  Edmond PRETECEILLE

 



Goffman, Erving. Estigma. Rio de Janeiro: Zahar Editores,1982.
  

O livro em questão propõe discutir de maneira ampla o estigma dentro da sociedade, tomando como estigmatizado a pessoa que está inabilitada para a aceitação social plena. O autor afirma que o central da situação da vida do estigmatizado Ã© a aceitação, uma vez que, ele não Ã© respeitado como uma pessoa que possui outras caracterí­sticas além do seu estigma.

Para explicar sua teoria, Goffman se ocupa dos contatos mistos, ou seja, os momentos em que os estigmatizados e os normais estão na mesma situação social, na presença um do outro. Outro ponto do livro é a discussão sobre os meios que os estigmatizados encontram para se mostrarem como iguais, as formas de encobrimentos possí­veis para o seu estigma, estando tudo ligado Ã   gratificação de parecer uma pessoa normal, de ser aceito como um igual.

Porém este problema se transforma em um grande paradoxo, na medida em que, a mesma sociedade que prega a igualdade entre os indiví­duos, que faz com que o estigmatizado se enxergue como uma pessoa igual aos demais não o permite agir e sentir-se como uma pessoa "normal".

 



Latin American Class Structures: Their Composition and Change During the Neoliberal Era.
  Alejandro Portes and Kelly Hoffman


Portes, Alejandro. Social Capital: Its Origins and Aplications in Modern Sociology in American Journal of Sociology. Annu. Rev. Sociol. 1998. 24:1-24.
  

Portes trata do CS voltando seu olhar para Durkheim que tinha no envolvimento e na participação curas para a anomia e para a autodestruição. A anomia Ã© controlada através das normas comunitárias e o sentimento de interdependência ou se usarmos as palavras de Durheim a solidariedade que mantém o indiví­duo no grupo evitando o sentimento egoí­sta. Com o trabalho de Marx ele analisa que a transformação de uma classe em si para uma classe para si, depende da mobilização e com isso ela consegue conseqüências positivas para cada indivíduo e para a classe ou comunidade.

Segundo Portes "a inovação e o poder heurístico do conceito Capital Social tem duas fontes:

- o conceito foca sua atenção nas conseqüências positivas da sociabilidade enquanto coloca de lado os fatores menos atrativos ".

- sendo também uma forma de capital o CS aproxima esse conceito das perspectivas econômicas e faz com que busque  soluções mais baratas e não econômicas para os problemas sociais.(Portes 1998:2-3)

Portes coloca em seu artigo certas definições de CS como de Bourdieu, "o agregado dos recursos efetivos e potenciais os quais são ligados Ã   possessão de  uma rede durável de relações mais ou menos institucionalizadas de conhecimento e reconhecimento" (Bourdieu 1985:248 in Portes 1998:3) e Bourdieu vai além "os benefícios que advém da participação em um grupo são as bases da solidariedade que os torna possível" (Bourdieu 1985:248 in Portes 1998:3).

O CS Ã© decomposto em dois elementos; as relações para buscar recursos e a qualidade de tais recursos, além de requerer investimentos econômicos e culturais, a posse do CS e Cultural pode ser reduzido a Capital Econômico, porém, segundo o pensamento de Bourdieu as formas de criação dessas formas de capital não são.

O autor também analisa o trabalho de Coleman analisando a relação entre o indiví­duo que doa e o que recebe algo por meio do CS, através de três fatores "(a) os detentores de CS (b) as fontes de CS (c) os pr?³prios recursos buscados".(Portes 1998:6)

Uma abordagem interessante de Portes Ã© a localização que ele determina para clarear a visão das três formas de capital que ele trata, colocando que o "capital econômico  está nas contas bancárias das pessoas o humano está nas sas cabeças e o social se localiza na estrutura de suas relações" .(Portes 1998:7)

Depois dessa revisão bibliográfica Portes chega a três funções do CS as quais podem ser aplicadas em contextos dos mais distintos são elas "(a) fonte de controle social; (b) fonte de suporte familiar; (c) fonte de benefícios através de redes extrafamiliares".



SAEGERT, S.; THOMPSON, J. P.; WARREN, M. R. (Ed.). Social capital and porr communities. New York: Russell Sage Foundation, 2001
  

O conceito de capital social tem atraí­do cada vez mais o interesse de pesquisadores devido ao potencial que inspira para a compreensão e solução de determinados problemas sociais. De uma perspectiva ampla, capital social se refere aos recursos não-monetários aos quais indiví­duos podem ter acesso, em função de relacionamentos de confiança e cooperação. Este livro, de forma mais especí­fica, analisa de que forma a organização e as normas de cooperação, dentro das próprias comunidades e em suas relações com instituições externas, influenciam o desenvolvimento em comunidades pobres. Apoiados na flexibilização que Robert Putnam aplica ao conceito, segundo a qual o capital social Ã© um bem público que favorece a criação de benefí­cios para a comunidade, os autores oferecem um instrumental analítico promissor no combate aos efeitos deletérios da pobreza.