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Nações Unidas, população e gênero: homens em perspectiva




Margareth Arilha


O livro de Margareth Arilha configura-se como um estudo de gênero que visa interpretar enunciados sobre o `masculino” presentes em textos das Organizações das Nações Unidas.


O livro faz uma analise hermenêutica do conceito de gênero embasado nos estudos de oito Conferências Mundiais da ONU sobre População e Desenvolvimento e sobre Conferências das Mulheres, desde o ano de 1974, além da análise de mais de 50 documentos de diversos órgãos do mesmo sistema Global, que não parecem ter sido formulados de maneira a buscar construir um alcance efetivo de uma igualdade de gênero. Ao contrário, através de formulações repetitivas, os textos das conferências, preparados por técnicos, trazendo ênfase na ótica de defesa das necessidades e demandas das mulheres que se constituíram em atoras políticas chave nas conferencias mundiais, e culminam em criações rígidas para a população masculina.


A novidade do livro é que ele sai em defesa de uma justiça de gênero que efetivamente pense e atue sobre a perspectiva masculina, apontando para a necessidade de que ativistas e estudiosos de gênero e masculinidades incrementem sua participação em cenários político-sociais. O livro aponta também para a necessidade de que o feminismo venha a considerar de maneira efetivamente relacional as necessidades e demandas masculinas que, em função das hierarquias de gênero diferenciadas em certos discursos e espaços, terminem por deixar no esquecimento problemas que afetam os meninos, jovens, e homens adultos.






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